quinta-feira, 6 de junho de 2013

Ler para Responder

Ler para Resolver


Vivenciamos recente a 9ª OBMEP e pudemos constatar que as mesmas questões estiveram presentes no Nível 01, 02 e 03 com o mesmo enunciado, logo mesma alternativa de resposta.

Estou me referindo às questões: 19, 17, 13, respectivamente Nível 01, 02 e 03.

Vou descrevê-la: Durante a aula, dois celulares tocaram ao mesmo tempo. A professora logo perguntou aos alunos: “de quem são os celulares que tocaram?” Guto disse: “o meu não tocou”, disse Carlos: “o meu tocou” e Bernardo disse: ”O Guto não tocou”. Sabe-se que um dos meninos disse a verdade e os outros dois mentiram. Qual das seguintes afirmativas é verdadeiras?

           A)    O celular de Carlos tocou e o Guto não tocou.
           B)    Bernardo mentiu.
           C)    Os celulares de Guto e Carlos não tocaram.
           D)    Carlos mentiu.
           E)    Guto falou verdade.


Nota-se que é um problema dedutivo-lógico, sem nenhuma necessidade de cálculos, apenas deve ser analisado algumas possibilidades de afirmações na qual se elimina o absurdo e consequente permanecendo a questão que leva à dedução lógica.

Então, qual é alternativa correta?  Explique o raciocínio lógico descrevendo na folha do caderno.
Essa foi uma das questões realizada em minha aula de hoje. E, obtive algumas análise muito interessante e outras nem tanto como gostaria.


Agora, pergunto a vocês, como os seus alunos justificariam na forma escrita?

                                                                 



Abraços,
Roselí

Especialista em mudanças na educação presencial e a distância.
Modelos educacionais e comunidades de aprendizagem

Temos literatura abundante sobre comunidades de aprendizagem, sobre a aprendizagem em rede, principalmente na aprendizagem informal. A sociedade conectada em rede aprende de forma muito mais flexível, através de grupos de interesse (listas de discussão), de programas de comunicação instantânea e pesquisando nos grandes portais. Enquanto a escola mantém rígidos programas de organização do ensino e aprendizagem, inúmeros grupos profissionais trocam experiências de forma muito mais constante e aberta. Há milhares de redes de colaboração, por exemplo, em medicina, divididas por especialidades, por temas e o mesmo acontece em todas as áreas de conhecimento. É ainda muito incipiente o fenômeno para podermos avaliar até onde a aprendizagem efetiva acontece nestes ambientes informais mais do que nos formais. AI está uma boa forma para que não desistir de ler,  é  o nosso curso á distancia no qual estamos fazendo rsrsrsrsrs.

quarta-feira, 5 de junho de 2013

Ler é bom


FERNANDO BONASSI

Texto para leitura

O que dizer por todos esses livros no zoológico das estantes?
Livros são animais sexuados: livros são metidos, livros são gestados, livros são paridos. Livros crescem, como meninos. Livros sangram, como meninas. Livros infantis com idéias de aprendiz. Livros de aventura pra estimular a travessura. Livros de iniciação pras pessoas em formação. Todo livro é um livro da vida (mesmo os livros de contabilidade, que são livros de dívidas). Livros de poesia controlam a azia. Livros de História fortalecem a memória. Livros de viagem aperfeiçoam a paisagem. Livros de religião aumentam a devoção. Livros de química servem pra misturar. Livros de teste, pra confundir. Livros de lógica, pra entender. Livros didáticos, pra explicar. Livros revolucionários são livros vermelhos espetados no ar. Livres pra reclamar, livros de arrepiar!
Mas... com quantos livros se faz uma pessoa?
Livros de tabuada pra conta calculada. Livros de auto-ajuda praquilo que não muda. Livros de lazer pra quem tem muito o que fazer. Livros de direito pra homens de respeito. Livro de reza quando a coisa pesa. Livros em liquidação para leitores sem condição. Livros de oratória, livros de ortografia, livros de culinária, livros de psicologia. Livros em orgia. Livros pornográficos levados pra cama. Livros de etiqueta pra pôr a mesa. Livros sádicos. Livros trágicos. Livros míticos. Livros pro alimento do espírito e dos editores. Livros pra vaidade dos escritores. Livros especiais. Livros espaciais. Livros de colecionadores. Livros de informática são livros de computador. Livros de condolências são livros cheios de dor. Livros ensinam a ler. Livros pro humor. Livros pra quem quiser ver. Livros loucos pra saber. Livros com ilustração auxiliam a compreensão. Livros beijados, livros mordidos. Livros apalpados, livros espremidos. Livros lambidos como frutos escorridos. Livros embebidos. Livros embevecidos. Livros abraçados como casais apaixonados. Livros são romances cultivados. São feridas, são repastos. Livros passados de mão em mão, como boas biscas. Livros de arte. Livros de artistas. Páginas arrancadas sem vergonha, livros fumados com maconha. Livros de piada. Sacos de risada. Palavras cruzadas e frases alinhavadas. Livros depenados. Livros invocados. Livros em conflito. Páginas de livros processados em juízo. Livros censurados. Livros permissivos. Os livros das sopas, os livros dos sonhos, o livro dos molhos. Livros molhados nos clubes de livros. Livros de ocorrência. Livros policiais. Livros de referência. Livros originais. Livro pra orientação num universo em expansão. Livros equivocados. Livros inquisitivos. Livros engavetados. Livros recolhidos. Livros esmagados nos ônibus lotados. Livros encoxados, livros encolhidos. Livros espalhados por baixo dos estrados. Livros deflorados. Livros chacoalhados. Livros escondidos. Livros arremessados nos divórcios acalorados. Livros feito espadas. Livros como escudos. Livros que berram e livros que são mudos. O pior livro de cego é aquele que não quer se ler. Livros na ponta da língua. Livros com a ponta dos dedos. Livros engrossam, como rapazes. Livros melhoram, como mulheres. Livros murchos, livros sujos, livros finos. Livros como manda o figurino. Livros de moda. Livros em falta. Livros de sobra. Livros que cheiram bem e livros que cheiram mal (livros de renúncia fiscal). Livros roubados. Livros comprados. Livros vendidos. Árvores de livros abatidos. Livros de cabeceria. A fertilidade dos livros de madeira. Livros exibidos como corpos oferecidos. Livros safados. Livros falados. Livros sorvidos. Livros conservadores nas gavetas dos doutores. Livros emocionais pra cólicas menstruais. Livros de regime. Livros de política. Livros de ótica. Livros de crítica. Livros diários são livros crônicos, são livros cômicos, são livros tônicos. Dicionários de livros explicados. Raciocínios apalavrados. Teses de mestrado. Bolsas de livros financiados. Tomos, tombos, citações. Parágrafos, capítulos, correções. Publicações, polêmicas, opiniões. Livros importados. Livros transportados. Livros traduzidos. Livros encomendados, livros encarecidos. Livros encardenados como faraós embalsamados. Livros aposentados. Livros comentando livros. Livros lavrados em cartórios hereditários. Livros aplicados e homens especializados. Diplomas de livros emparedados. Livros emparelhados. Bibliotecas de livros amontoados. Sebos empoeirados. Livros decorados são livros encruados são livros mal comidos. Livros devorados por vermes aculturados. Livros bichados. Livros suados. Livros vencidos. Caixas e caixas de livros caixa. Arquivos mortos em pandemônio, as fortunas dos livros de patrimônio. Livros de capas trocadas, capas disfarçadas, capas ofensivas. Livros de capas ousadas. Capas proibidas. Os livros contra capas. Os lidos pelas costas. Livros sádicos, livros cínicos, livros mágicos. Livros lívidos, livros épicos, livros bíblicos. Livros lidos como vícios. Livros de sacrifícios. Todo homem é um livro aberto. Todo livro acha que é certo. Escreveu, não leu, continua sendo livro. Já no início era verbo! Larga a mão de ser burro e leia.

terça-feira, 4 de junho de 2013

                  
                     Depoimento:


                   O meu primeiro contato com o universo dos livros e da leitura aconteceu na escola SESI, com a professora Alice, aquele ser maravilhoso, que me ensinava cada letrinha. Meu primeiro livro foi a cartilha Caminho Suave, que auxiliava na alfabetização.
                    Quando fui para a 2ª série, conheci a professora  Helenice, que me acompanhou até a 4ª série. Ela desenvolveu um projeto de leitura entre as duas escolas em que  lecionava, SESI e OSE. Adotava um livro por bimestre, para os alunos da OSE, para o desenvolvimento da  leitura e depois de utilizados pedia emprestado para serem usados conosco, alunos do SESI. A cada livro emprestado “conhecíamos” um amigo novo. Trocavamos  todas as semanas uma cartinha, podendo ser de agradecimento ou até mesmo falando a respeito da historia que o livro nos contava.
                    Durante todo o ano letivo trocamos diversas mensagens, nos conhecíamos através das cartas. No final do ano, a professora  Helenice , organizou uma grande festa. Alugou um ônibus e trouxe seus alunos da OSE para passarem uma tarde conosco, no SESI, foi um dia que ficou marcado em minha vida.
                   Quando criança, ainda na 4ª serie, acreditava que o projeto desenvolvia a solidariedade. Hoje, vejo que além da solidariedade, estávamos todos desenvolvendo a competência leitora e escritora. Tenho certeza que esse projeto nos ensinou muito.



                                                                                                        Profª Silmara Theresinha Marins Sanchez

domingo, 2 de junho de 2013

O Gosto do Saber

Minhas experiências com relação à leitura e a escrita somente foram possíveis, após a alfabetização pelas cartilhas “Sodré” e “Caminho Suave” no ensino primário, atual Ciclo I. Recordo-me da professora Jacira, terceira série, que incentivava a leitura de fábulas visando valiosas lições sobre a vida e situações cotidianas. E, o de maior destaque foi à literatura infantil de Monteiro Lobato, principalmente o livro “Fábulas” – onde a dona Benta explica que Fábulas não são lições de História Natural, mas de Moral.

Também, recordo-me quando essa professora após cada leitura de fábulas motivava à escrita propondo a cada aluno o relato pessoal da lição moral. E, dentre tantas fábulas, uma que mais me chamou atenção: “A Cigarra e a Formiga” – Não penses só em diverti-te. Trabalhe e pensa no futuro. È melhor estarmos preparados para os dias de necessidade.

No ensino fundamental a leitura e a escrita na disciplina Português foram agradáveis com a leitura de vários livros da série “Vaga Lume”. Dentre esses livros: “O Escaravelho do Diabo” e “Éramos Seis” – de Maria José Dupré – onde relata a história de uma mulher (Dona Lola) que vê a sua família se alterando com o passar dos tempos. E, logo em seguida: “Éramos Seis” foi dramatizado em uma grande novela das seis.

Atualmente, o hábito da leitura segue um critério, geralmente, relacionado à Disciplina de Matemática, como “As Histórias da Matemática”, “RPM _ Revista do Professor de Matemática”, “Cálculo_ Matemática para Todos”, “Revistas Científicas” e também, “Romances sobre os Desafios da Matemática” – como no relato anteriormente: “As Aventuras Científicas de Sherlock Holmes, O paradoxo de Einstein e outros mistérios” – Colin Bruce – Editor Jorge Zahar.

É através dessas leituras tenho a possibilidade de inúmeras descobertas que me auxiliam em minhas aulas.

Abraços,                                                                  


                        ROSELÍ DONÁ

sábado, 1 de junho de 2013

Um pouquinho do meu eu...
Como todo ser humano, eu também tenho a minha história de vida. Nasci na pequena e linda ilha de Cananéia. Sou caiçara e orgulho-me da minha origem. Gosto de viajar, ler bons livros e estar junto à natureza, principalmente junto ao mar para uma boa pescaria.  Parte da minha infância e juventude passei nas lindas e bucólicas paragens das cidades litorâneas de Santa Catarina e serras gauchas. Cultura diferente da minha, aprendi muito cedo que, embora tenha condições e talentos para alcançar seus objetivos e ser feliz, quem se acomoda recusa-se a encarar qualquer tipo de risco e acaba se conformando com as dificuldades e sofrimentos. Assim, resolvi enfrentar os riscos e lutar pela realização dos meus sonhos. Hoje me sinto realizado. Sou uma pessoa feliz. Tenho uma família linda. Somos uma família abençoada.
Acredito que a semente de educador começou a germinar, quando com apenas 16 anos, fui convidado pela Prefeitura da cidade onde eu morava, para participar do Mobral (Movimento Brasileiro de Alfabetização), onde pela primeira vez participei da alfabetização de jovens e adultos. Foi uma experiência ímpar em minha vida.
Como educador continuo aprendendo com o outro. O outro é todo aquele com os quais me relaciono. É através dele que percebo meus enganos e acertos. Há momentos em que o outro tem razão. Quando reconheço isso, construo um relacionamento verdadeiro, tendo a consciência da nossa importância no mundo e que não estamos aqui por acaso, mas porque Deus tem um propósito para a nossa vida.

Prof. Salvador
Os caminhos mágicos da leitura

Concordo com a Drª Marilena Chauí, quando diz: “Ler, acredito, é uma das experiências mais radiosas de nossa vida...”, pois, leva-me à infância, ao meu primeiro dia de aula na Escola Martim Afonso de Souza, situada na linda Ilha de Cananéia, onde iniciei meus estudos, decifrando os códigos das letras, no começo tão difícil, mas prazeroso, quando ia descobrindo que, as palavras se formavam quando as letras eram colocadas adequadamente juntas umas das outras, formando as sílabas, e cada uma tinha o seu  significado. O primeiro contato com a leitura foi com a Cartilha Caminho Suave. Recordo-me e sinto até o perfume da minha primeira professora. Seu nome, Benedita. Era negra, esbelta, linda e sempre bem vestida. Contudo, o que a tornava mais linda era a sua educação e carinho com os alunos. Sempre tinha uma palavra carinhosa e incentivadora. Um elogio, uma mensagem motivadora escrita em nossos cadernos ou nas avaliações corrigidas, era a sua marca registrada. Ganhei o primeiro livro do meu pai, quando estava no terceiro ano primário: “Homens que fizeram o Brasil”, o qual faz parte da minha biblioteca. Fui passando pelo tempo, livros foram lidos. Alguns de importância ímpar para a minha vida, ajudaram-me a crescer como pessoa e em conhecimento, muitos comigo até hoje. A Bíblia é o meu livro de cabeceira, companheira inseparável, onde sempre encontrei respostas, tanto nos momentos felizes como naqueles nos quais as lágrimas pareciam jorrar de uma fonte inesgotável, o coração angustiado, o chão parecia faltar. E é por isso e muito mais que, concordo com Antônio Cândido quando diz: “As produções literárias...  o processo que confirma no homem aqueles traços que reputamos essenciais, como o exercício da reflexão, a aquisição do saber, a boa disposição para com o próximo, o afinamento das emoções, a capacidade de penetrar nos problemas da vida, o senso da beleza, a percepção da complexidade do mundo e dos seres, o cultivo do humor. A literatura desenvolve em nós a quota de humanidade na medida em que nos torna mais compreensivos e abertos para a natureza, a sociedade, o semelhante.
Prof. Salvador